domingo, 18 de dezembro de 2011

Vinicio

As vezes encontro no escuro alguém...
Que não deveria achar, o que acho...
Mas necessito desse achar...
Sou um homem de chapéu negro e enlace prateado
De roupão, uma bengala, e botas; uso luvas...
Escondo minhas mão calejadas, e meus pés sujos e minhas unhas amarelas e grandes
Escondo marcas que estão em todo meu copo, e me escondo na solidão

Meus olhos são escuros como o sangue que corre em minhas veias.
Mais escuro que o céu sem estrelas, e sem lua... E mais escuro, que maior da solidão
Sou como quem gosta de não ver, quem gosta de andar com olhos fechados
Não tenho medo de nada, nem de ninguém
Caminho só, e sempre me vêem de costas

Meu rosto... Meu rosto... Não... Você nunca verá

Nem quando tenta me pegar nos sonhos...
Nem quando te encontro no escuro, tentarás me ver, e não conseguirá
Pois me visto de preto, pois preto é descanso para os olhos, e te deixo descansada
Me aproximarei de você... Te tirarei um sorriso, te tirarei confiança
Te trarei sentidos momentâneos, te farei bem no inicio

Mas tome cuidado... Posso lhe causar dor...
Pois eu sou a dor... O sorriso, é a dor que vem quando se falta
Vim a esse mundo para causar a dor.
Tente fugir, tente ficar... Seu sorriso, te garanto meu amor...
Te garanto por algumas horas... Por alguns segundos... E eterna solidão...

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