quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Você me salvou... De mim mesmo...

Eu nunca tive nada
Sempre fui pobre ao extremo
todas as minhas partes sempre foram assim,
e o meu olhar vazio, e moldável ...
Mas mesmo vazio, triste e confuso, continuei lutando,
colocando ódio como meu ponto de ebulição

Deixei bem claro para mim, que não ia mais voar,
mas que não havia limites, em meu corpo... Ou em minha cabeça!
Me levei muito a mais,
nunca mereci nada disso,
mas chorei, e pedi a Deus...
Eu precisava desse dia

Eu precisava de você...
Era uma noite quente
E você apareceu em minha casa
Te vi com uma certa inocência ... Havia sido um dia longo...
E o que precisava era de seu ombro...
Então você veio e meu deu muito mais

Me deu onde me esquentar
Me deu um pouco do seu calor
E deu olhar, e um pedaço de sua alma
Nos amamos sem nos tocar,
nossos rostos se deslizaram, e nossos lábios foram dançando,
como poesia a ser iniciada... Sentindo sua respiração.

Fui sentindo meu coração... Batendo... Desta vez com ar em meus pulmões...
E tudo foi passando, até que chegou a hora de ir...
Andamos pelas ruas, brincamos de viver,
sorrimos sorrisos,
fomos juntos ao céu... Iriamos então ao infinito...
e foi quando chegamos...

Era hora de te deixar... Mas decidi ficar um pouco mais...
Todas as minhas partes já vivas e ricas...
Ao ver aqueles olhos, aqueles novos olhos, se quebraram mais uma vez
foi algo estranho, foi um sonho acordado
Era apenas um amigo... Mas era muito mais do que isso...
Resolvi te deixar... Sai pelas ruas, e ventava...

Olhei as pedras, e as chutei, então me virei,
ouvi um grito que vinha em minha direção,
meu coração já estava despedaçado,
mas você veio mais uma vez ao meu encontro,
e me salvou... Acabamos deitados no meio da rua...
“Você é tudo o que tenho...”

E acabam nossas palavras... E começam minhas lagrimas...
Elas diziam “Não me deixe, por favor...”
E você então sorriu... E disse que não me deixaria...
nos levantamos do chão, e do céu caia o brilho daquela noite
E olhando as luzes das casas no horizonte sentíamos o vento...
Sentíamos o sentimento...

Te deixei, e decidi ir...
E então aqueles olhos mais uma vez...
Resolvi te deixar...
E você me ligou...
E você me salvou mais uma vez de mim mesmo...
Agora só eu e você...

E naquelas estrelas...
Existe um lugar
em meio ao horizonte
onde quero te levar
viver do que sinto
do que sentimos... E do que descobrimos...


Há um para sempre... Basta acreditar!

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