Quando cheguei, com uma expectativa estranha
Mas parecia ser um dia comum
Cheguei, olhei, te procurei... Não achei... Sentei.
Virei uma esquina, te vi no portão
Você debruçada, e aquele sorriso tímido me conquistava
Não conseguia manter a conversa, não conseguia falar
E aquela sensação de ar gelado entrando e chegando na barriga
E minhas emoções completamente desreguladas
Ficava tentando falar, e esquecendo, não conseguia ficar sem te olhar
Foi um momento tão místico...
E quanto mais eu queria falar, menos eu queria
Queria mesmo era ficar a te olhar, sem que você se virasse
E o seu olhar de costas, quase correndo, quando ficamos sozinhos
Tentei só manter o assunto, mesmo não conseguindo direito
Você entrava em mim, quanto mais eu tentava me distrair
E me desregulava e me fazia sentir desreguladamente
E quando você foi, meio parando, parecia querer continuar ali
Eu apenas te observei, sem perder um momento, até que você virava e entrava
E depois me perguntei, o que foi aquilo? O que era aquilo? Eu estava sentindo
Eu estava te sentindo... Como você conseguira me conquistar tão rápido ?
Te vi um pouco mais, e sem mais esperar, tive que lhe abraçar
E seu corpo quente, e o abraço meio tímido e sem jeito
Eu não queria te soltar, mas você me soltava
Ficava ainda meio bobo, sem saber o que dizer, aquela sensação ao te olhar ainda me fascinava
Poucas palavras, o meu alisar em seu rosto
O seu sorriso marcado
E o seu olhar cabisbaixo
Com certos Socorros gritando muito alto
Um socorro por um coração virando pedra
vazio, você parecia pedir para ser salva
Salva de você mesma
Querer sentir, e sorrir
E então quando eu te vi sair andando
Tive a vontade de te agarrar por ali
E não te soltar mais
Te beijar, como se não houvesse ninguém ao redor...
Porem você se foi, e eu continuei com a sensação
Tal sensação que nunca havia sentido
Dei um sorriso, coloquei as mãos nos bolsos
E voltei para a casa imaginando e imaginando...
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